domingo, 22 de março de 2009

HISTÓRIA DOS CAPUCHINHOS DE SÃO PAULO



A VINDA


Os Missionários capuchinhos já trabalhavam no Brasil colonial, real e imperial desde o século XVII. No princípio, eram capuchinhos franceses, que tinham vindo primeiro para o Maranhão e, depois, para a Bahia. Por contrato com o Rei de Portugal, passaram a vir capuchinhos italianos, de todas as Províncias, formando aqui um Comissariato, que tinha conventos em Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. Sob as ordens do governo colonial e imperial, percorriam todo o país em suas missões. Mas não podiam abrir noviciados.Em 1856, a pedido do Bispo de São Paulo, vieram capuchinhos franceses da Província da Sabóia, para cuidar do Seminário Diocesano de São Paulo. Destacaram-se pela sua cultura e permaneceram até 1878. Um fruto dessa época foi o Bispo Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, pernambucano, que ingressou na Ordem na França e lecionou em São Paulo até ser feito Bispo de Olinda. Foi o primeiro capuchinho brasileiro.Os capuchinhos italianos já tinham percorrido toda a província colonial e imperial de São Paulo quando Dom Pedro II, em sua última viagem à Europa, em 1887-1888, pediu mais missionários capuchinhos para evangelizarem os índios.Nessa época, era Ministro Geral dos Capuchinhos Frei Bernardo de Andermatt, que abriu uma nova era querendo dar a cada Província européia uma Missão. Foi assim que vieram os capuchinhos de Trento, para trabalhar com os índios mas com a permissão de abrir um noviciado para acolher vocações brasileiras.A MISSÃO
Os Fundadores da Missão: Papa Leão XIII, Ministro Geral Bernardo de Andermatt, Provincial Bernardino de Lavalle, Missionários Félix de Lavalle, Luiz Maria de São Tiago e Caetano de Pietramurata
Atendendo ao pedido do Imperador, Frei Bernardo de Andermatt, através de seu secretário, Frei Antonino de Reschio, pediu que a Província de Trento, então Áustria, se encarregasse da Missão.Os passos foram dados com bastante rapidez e, no Capítulo Provincial de 1888, sob a presidência do Ministro Geral, foram designados os primeiros missionários. Aos 29 de julho de 1889, já estavam partindo para o Brasil.Tiveram algumas dificuldades na viagem — em que houve a morte de um deles, Frei Vigilio de Trento — e na chegada, mas, já em 1890, tinham estabelecido a sede da Missão na cidade paulista de Piracicaba.Além de se dedicarem à missões entre os índios, abriram diversos conventos. Em 1896 já estavam abrindo o primeiro seminário capuchinho do Brasil e, provavelmente, de toda a Ordem. Pouco antes (em 1892) tinham aberto o primeiro noviciado, acolhendo o irmão leigo italiano Frei Antônio de Drena. Em 1900, os primeiros seminaristas foram para o noviciado.A CUSTÓDIAConsiderando que a Ordem já estava bem implantada na região, com fundadas esperanças de vir a ser uma Província, o Ministro Geral, Frei Vigílio de Valstagna, por decreto de 30 de abril de 1937, elevou a Missão a Custódia de São Paulo. Nessa época os capuchinhos formados em São Paulo já eram sessenta (com mais 32 trentinos), e tinham todo o processo de formação solidamente implantado.UM COMISSÁRIO GERALEm 1947, depois de uma visita geral feita por Frei José de Bento Gonçalves, foi-nos enviado um Comissário Geral, na pessoa de Frei Caetano de Montebello, da Província do Rio Grande do Sul. Mas a Custódia não foi transformada em Comissariato Geral.O COMISSARIATO PROVINCIALPor decreto de 8 de setembro de 1950, o Ministro Geral Frei Benigno de SantIlario Milanese transformou a presença dos capuchinhos em São Paulo em um Comissariato Provincial, tornando-o independente da Província de Trento e reduzindo o território à parte leste do Estado. Nesse tempo, contávamos com 146 frades.O primeiro Comissário Provincial foi Frei Plácido de Descalvado, que já tinha sido Custódio Provincial e imprimiu um novo dinamismo. Nesse ano de 1950 foi iniciado o boletim oficial "Regra e Vida".A
PROVÍNCIA
Frei Benigno de SantIlario Milanese
EM 1953, O PRÓPRIO MINISTRO GERAL, FREI BENIGNO DE SANTILARIO MILANESE, FEZ UMA VISITA GERAL AO COMISSARIATO E, CONTENTE COM O QUE PÔDE OBSERVAR, ELEVOU-O A PROVÍNCIA, QUE FOI INSTALADA NO DIA 8 DE DEZEMBRO, FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO, SUA PADROEIRA. CRESCIMENTO E CONSOLIDAÇÃO.Os primeiros anos da nova Província foram muito trabalhosos, uma vez que ela teve que assumir de volta o seu território pleno, com muitas outras paróquias novas.Mas, a cada ano, foram sendo confirmados os passos anteriores e foram sendo abertos caminhos novos. A formação e os estudos, que já eram bastante bons, passaram a ser bem mais organizados e adaptados aos tempos, especial-mente a partir do provincialado de Frei Daniel Tomasella.Em 1954, foi aberto o Seminário São José, em Mococa. Abrigou os três anos do "curso colegial", até quando foi transferido para o Seminário de Nova Veneza, que foi aberto em 1963.Em 1957 já tinha sido aberto o Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Birigüi, para atender os candidatos mais jovens.Depois foi a vez da economia, que nos levou a ser uma instituição capaz de sustentar-se em um tempo novo em que as esmolas já tinham perdido seu sentido, ou, pelos menos, sua força. Esse foi um dos setores em que tanto a organização como a transparência se firmaram. E a Província conseguiu dar melhor base a seu trabalho promocional e assistencial.Os rumos da Pastoral, especialmente pela dedicação prioritária que as paróquias passaram a ter, teve mais dificuldades para se organizar. Mas grandes passos foram dados. A Província também lutou para firmar-se na pastoral das Missões populares, com muita dificuldade, porque a maior parte dos irmãos estava ocupada nas paróquias. Mas esse foi um dos setores em que a pastoral melhor se afirmou, especialmente nos dois últimos triênios.Um belo trabalho feito pela Província, especialmente a partir do Concílio Vaticano II, foi o da renovação franciscana. Muitos frades foram se aprofundar na matéria e tivemos a oportunidade de iniciar, em 1990, o eficiente Centro Franciscano de Espiritualidade, em Piracicaba. Outro setor digno de nota foi o nosso comprometimento com os excluídos. Abrimo-nos a numerosas fraternidades inseridas entre os pobres, chegando a ter uma delas no meio dos trabalhadores sem terra. Foi um comprometimento que teve sua validade principalmente para os jovens que estavam entrando e conviveram sua formação nos meios mais desfavorecidos. A partir de 1992, a Província começou a fazer seus Capítulos com a presença de todos os frades de profissão perpétua.No dia 26 de outubro de 1993, foi inaugurada a Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, em Piracicaba, para acolher os frades em tratamento de saúde.Em 1995, o Noviciado passou a viver sua fraternidade em Nova Veneza.Desde 1996, o Postulantado, já com três anos de Curso de Vida Religiosa (CVR), estabeleceu-se definitivamente em Piracicaba, inaugurando uma casa nova junto ao Seminário.
Informações retiradas do site da PROCASP - www.procasp.org.br

2 comentários:

  1. tive a felicidade de estudar no imaco da rua cincinato braga 500 no periodo da tarde o uniforme erra camisa branca meias branca e calça marrom.minha professora na época chamava-se maria eliza ferraz por sinal era uma fera...minha paquera chamava-se berenice estudava na minha classe. nas procissoes da igreja ela se vestia de anjo... velhos tempos que não nunca mais voltarão...

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    1. Eu tenho uma foto de uniforme. Ainda está em Slide, estou revelando. Logo posto aqui.
      Ah, os velhos tempos. Saudades.

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